O Sindicato dos Comerciários de São Paulo entregou oficialmente ao Sincovaga a pauta de reivindicações da categoria para a Convenção Coletiva de Trabalho 2025/2026, com vigência de 1º de setembro de 2025 a 31 de agosto de 2026. Segundo o SEC-SP, a proposta foi aprovada em assembleia geral extraordinária e visa garantir avanços econômicos e sociais frente ao aumento do custo de vida na capital paulista.
Entre os principais pontos está o reajuste salarial com base no INPC acumulado mais 5% de aumento real, e a exclusão de qualquer teto limitador para esse reajuste. O sindicato também reivindica a unificação dos pisos salariais, com acréscimo de 25% no valor do piso mínimo, em busca de uma equiparação mais justa com outras localidades.
A pauta contempla benefícios obrigatórios para empresas com até 100 empregados, como cesta básica de R$ 350 e o Plano de Assistência e Cuidado Pessoal. Para empresas com mais de 101 empregados, são exigidos plano médico subsidiado, vale-refeição de R$ 25 por dia trabalhado e a manutenção do convênio médico durante afastamentos. Além disso, propõe-se a implementação da participação nos lucros e resultados (PLR), com a formação de comissões paritárias para definir critérios.
Outro destaque é a criação de uma política de reembolso-creche no valor mínimo de R$ 400 para crianças de até cinco anos, e a exigência de assistência presencial ou virtual nas rescisões contratuais, com multa de R$ 1.000 em caso de descumprimento.
A pauta também aborda temas como a regulamentação do teletrabalho, limites à automação, combate ao assédio moral e sexual, descanso remunerado estendido aos domingos, e concessão de benefícios como plano odontológico, auxílio funeral, assistência natalidade, saúde mental e medicamentos subsidiados.
Por fim, os comerciários pedem maior rigor na fiscalização de jornadas e pagamentos, com penalidades previstas para atrasos salariais, contratação intermitente e desvios de função. A proposta, segundo o SEC-SP, busca assegurar não apenas melhorias salariais, mas também condições dignas e inclusivas de trabalho para os mais de 600 mil trabalhadores do setor na cidade de São Paulo.
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