Cesta básica em SP cai 2,21% em agosto, mas carne e café são vilões em 12 meses

Destaques

Levantamento mostra que alimentos tiveram maior impacto, com destaque para a batata, que acumulou queda de 20,73%; em 12 meses, o café em pó subiu 72,58%, enquanto a carne de segunda sem osso avançou 24,40%

O valor da cesta básica do paulistano mostrou redução de 2,21% em agosto na comparação mensal, conforme pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 31 de julho era de R$ 1.325,15, passou para R$ 1.295,86 em 29 de agosto.

Na análise por grupos, Alimentação teve queda de 2,56% em agosto, Limpeza recuou 2,12%, mas os itens de Higiene Pessoal registraram alta de 1,47%.

Segundo a pesquisa, a variação da cesta no ano é de -2,33%, com base nos preços de dezembro de 2024).

Em 12 meses, no entanto, a alta acumulada é de 2,27%. No grupo Alimentação, os três produtos com maior variação positiva anual foram: café em pó (+72,58%), carne de segunda sem osso (+24,40%) e carne de primeira (+20,21%).

Carnes

O quilo da carne de 1ª passou de R$ 47,20 para R$ 45,50, entre julho e agosto de 2025, com variação de -3,60%. No mesmo período, o preço médio da carne de 2ª diminuiu de R$ 34,30 para R$ 33,34, com retração de -2,80%. Apesar das exportações das carnes bovinas brasileiras continuarem firmes e da baixa oferta de animais para abate, os preços da carne baixaram no varejo.

Mas comparando o período de agosto de 2024 a agosto de 2025, o percentual de aumento é de 24,40% em relação à carne de 2ª, passando de R$ 26,80 para R$ 33,34 o valor médio do quilo, foi o segundo item do grupo alimentação que teve maior aumento de preço.

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A carne de 1ª foi o terceiro item que teve maior aumento de preço, passando de R$ 37,85 para R$ 45,50 o valor médio do quilo, tendo um percentual de aumento de 20,01%.

Café

O quilo do café passou de R$ 30,43 para R$ 30,08, entre julho e agosto de 2025, o que representa uma redução de 1,6%. Segundo a pesquisa, apesar de ter atingido um pico em junho de 2025, nos meses de julho e agosto o produto apresentou uma leve retração ainda que em patamar elevado.

Num prazo mais longo, o comportamento dos preços é outro: comparando o período de agosto de 2024 a agosto de 2025, o percentual de aumento é de 72,58%, passando de R$ 17,43 para R$ 30,08 — o café em pó foi o primeiro item do grupo Alimentação que teve maior aumento de preço.

Destaques de agosto

Entre os itens com maiores reduções na variação mensal em agosto destacam-se a batata, cujo valor médio caiu de R$ 5,21 em julho para R$ 4,13 em agosto, uma queda de 20,73%. A cebola também apresentou forte recuo, de 16,00% no mês, o alho caiu 9,49% e os ovos 6,59%.

 Já entre as maiores altas do mês estão o creme dental (3,42%), o absorvente (2,25%), o biscoito maisena (1,43%), o presunto fatiado (1,34%) e o leite em pó integral (1,33%).

Variação anual

De agosto de 2024 para agosto deste ano, a pesquisa aponta uma alta de 2,27%, quando o valor da cesta passou de R$ 1.267,12 para R$ 1.295,86. Os produtos que apresentaram as maiores variações positivas foram o café em pó de 500g (72,58%), a carne de segunda sem osso (24,40%) e a carne de primeira (20,21%).

Segundo Procon SP, as oscilações nos preços da cesta básica podem ser explicadas por diversos fatores, como problemas climáticos, questões sazonais, oferta e demanda, preços das commodities, variações cambiais e desonerações de tributos.

Fonte : https://www.infomoney.com.br

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