A alta nos preços tem levado os brasileiros a abrir mão de alimentos básicos. Segundo levantamento da Brazil Panels, 50,5% deixaram de comprar azeite, 46,1% cortaram a carne bovina e 34,6% reduziram o consumo de café.
Produtos como ovos (20%), frutas e verduras (12,7%), leite (9%) e arroz (7,1%) também foram impactados, segundo o estudo.
Para os próximos 12 meses, 65,9% dos consumidores acreditam que os preços continuarão subindo. Outros 23% preveem alta moderada, 8% esperam estabilidade e 3,1% acreditam em queda.
“A inflação não apenas impacta o orçamento, mas força uma reestruturação nas prioridades de consumo. Pode parecer apenas um número, mas pense bem: se quase 9 em cada 10 pessoas sentem o peso da inflação justamente no prato de comida, o que isso diz sobre o futuro da segurança alimentar no país?”, afirma Claudio Vasques, CEO da Brazil Panels.
Entre as medidas que a população considera prioritárias para enfrentar a inflação, estão a redução de impostos sobre itens básicos (61,6%), o controle de preços de produtos essenciais (55,6%) e o reajuste do salário mínimo (35,6%). Também foram citadas maior fiscalização de preços (25,4%), queda dos juros (20,7%) e medidas sobre combustíveis (17,7%).
“O que mais assusta não é o que já subiu, é o que ainda está por vir. A expectativa de inflação acelera a cautela e reduz o consumo. A população e as empresas estão sob forte pressão”, diz Vasques. “Sem medidas que garantam equilíbrio, o impacto se tornará cada vez mais profundo, atingindo não apenas o consumo, mas também a qualidade de vida”, completa.
Fonte: Correio Braziliense
