O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) trouxe nova redução na estimativa de inflação para 2025. A mediana das projeções para o IPCA caiu de 5,46% para 5,44%, seguindo a tendência de queda iniciada em março, impulsionada por um dólar mais fraco. Para 2026 e 2027, as expectativas foram mantidas em 4,50% e 4,00%, respectivamente.
As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram levemente ajustadas para cima. A previsão para 2025 passou de 2,13% para 2,18%, refletindo o desempenho do primeiro trimestre, que registrou alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior e 3,5% na comparação anual. A agropecuária foi o principal motor do crescimento, embora ainda abaixo do recorde de 2023. Para 2026, a projeção subiu de 1,80% para 1,81%, e para 2027 foi mantida em 2,00%.
No câmbio, o dólar permanece estável em R$ 5,80 para 2025 e 2027, com leve queda na previsão para 2026, de R$ 5,90 para R$ 5,89. A estabilidade reflete uma menor volatilidade externa e a expectativa de manutenção da política monetária restritiva.
A taxa Selic também não teve alterações nas projeções: 14,75% ao fim de 2025, 12,50% em 2026 e 10,50% em 2027. O mercado monitora os dados de inflação para definir se o Copom encerrará o atual ciclo de alta com mais uma elevação de 0,25 ponto percentual.
No campo fiscal, a projeção para o resultado primário de 2026 piorou levemente, com déficit de 0,67% do PIB, ante 0,66% na estimativa anterior. Para 2025 e 2027, o déficit previsto segue em 0,60% e 0,40%, respectivamente. A piora destaca os desafios fiscais do governo, que ainda precisa definir como compensará a perda de receita após a reação negativa ao aumento do IOF.
