Câmaras da CNC fortalecem diálogo e representam a voz do empresário em todo o Brasil

No mais recente episódio do videocast Um Negócio pra Te Contar, a convidada foi Andréa de Marins Esteves, gerente da Assessoria das Câmaras de Comércio e Serviços da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com mais de 20 anos à frente dessa área, Andréa destacou o papel estratégico das câmaras como órgãos consultivos que dão voz às demandas de empresários, sindicatos e federações em todo o país.

O modelo das câmaras nasceu em 1986, com grupos de assessoramento de três segmentos – imóveis, turismo e serviços. O sucesso da iniciativa levou à criação das primeiras quatro câmaras formais e, atualmente, já são 11, representando setores como farmácia, combustíveis, material de construção, tecnologia da informação e inovação, comércio exterior, óptica, gêneros alimentícios e também a Câmara da Mulher Empreendedora, criada em 2022.

A Câmara Brasileira do Comércio de Gêneros Alimentícios (CBCGAL), por exemplo, é formada por líderes que representam o setor do comércio de Gêneros Alimentícios. Atualmente coordenada pelo presidente do Sincovaga, Alvaro Furtado, a CBCGAL tem o objetivo de oferecer estudos e sugestões que possam subsidiar estratégias e ações políticas da CNC na defesa das categorias integrantes desse importante setor da economia nacional.

Hoje, as câmaras reúnem 561 integrantes, entre empresários, líderes sindicais e associações civis, com representatividade em todos os estados. “São eles que trazem para dentro da CNC as dores e desafios do dia a dia, permitindo que possamos construir ações institucionais sólidas”, explicou Andréa.

Entre os principais temas discutidos estão a reforma tributária, a informalidade, o combate à pirataria, a burocracia e a insegurança jurídica, além da qualificação profissional e da carência de mão de obra especializada. A partir desses debates, a CNC articula propostas, emite pareceres técnicos e acompanha projetos de lei no Congresso Nacional. Apenas em 2023, foram 126 proposições analisadas, das quais 118 concluídas com encaminhamentos concretos.

Um exemplo marcante foi a atuação da Câmara de Produtos e Serviços Ópticos, que durante a pandemia conseguiu, com apoio jurídico da CNC, o reconhecimento do setor como atividade essencial em estados como Paraná, Goiás, São Paulo, Brasília e Rio Grande do Sul. Já a Câmara de Tecnologia da Informação viabilizou uma parceria com a Dell, garantindo acesso a equipamentos e cursos com condições diferenciadas.

A força desse trabalho também se reflete nas federações estaduais. Em 2023, existiam 70 câmaras setoriais em nível local; hoje, já são 169, demonstrando a expansão e a capilaridade do modelo. A Câmara da Mulher é outro exemplo de impacto: em apenas dois anos inspirou 10 federações a criarem suas próprias estruturas de apoio ao empreendedorismo feminino.

Para Andréa, o papel das câmaras é construir um ambiente de negócios mais favorável e garantir que a voz dos empresários seja ouvida. “Nosso compromisso é representar e defender os interesses do comércio de bens, serviços e turismo. Tudo o que fazemos é para você e por você, empresário”, concluiu.

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