Dados do IBGE mostram que o número de ocupados chegou a 103,9 milhões de pessoas, com 39,3 milhões trabalhando como informais
A taxa de desocupação fechou o trimestre março-maio em 6,2%, uma queda de 0,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 27/06, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
A população desocupada no trimestre encerrado em maio totalizou 6,8 milhões de pessoas, queda de 8,6% (menos 644 mil pessoas) em comparação ao trimestre anterior. Já o contingente de ocupados aumentou em 1,2 milhão de pessoas em igual comparação, totalizando 103,9 milhões.
Os desalentados – pessoas em condições de trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego – somaram 2,9 milhões, queda de 10,6% (menos 344 mil pessoas) na comparação com o trimestre terminado em fevereiro.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (excluindo trabalhadores domésticos) foi recorde: 39,8 milhões, com o aumento de 202 mil pessoas neste grupo. Já os empregados sem carteira no setor privado totalizaram 13,7 milhões, não variando em relação ao trimestre imediatamente anterior.
O número de empregados no setor público somou 13 milhões entre março e maio, aumento de 4,9% ante o trimestre terminado em fevereiro. Em igual comparação, o número de trabalhadores por conta própria chegou a 26,2 milhões, alta de 1,3%. E os trabalhadores domésticos totalizaram 5,8 milhões, mostrando estabilidade.
Indicadores de emprego – IBGE
Informalidade – A taxa de informalidade foi de 37,8% da população ocupada no trimestre terminado em maio, totalizando 39,3 milhões de pessoas, um aumento de 200 mil informais quando comparado ao trimestre encerrado em fevereiro. Mas, mesmo com o aumento de informais, como a massa de ocupados aumentou, a taxa de informalidade diminuiu – ela era de 38,1% no trimestre anterior.
Rendimento – O rendimento real habitual de todos os trabalhos foi de R$ 3.457 no trimestre março-maio, ficando praticamente estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.442). A massa de rendimento real habitual (soma dos rendimentos de todos os trabalhadores) foi de R$ 354,6 bilhões, novo recorde, aumentando 1,8% em igual comparação.
Atividades – A análise da ocupação por grupamentos de atividade ante o trimestre de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025 mostrou que houve aumento no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,7%, ou mais 684 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa, informou o IBGE.
Fonte: Diário do Comércio