Falta de produtos nos supermercados cai para 11,9% e atinge menor nível desde abril

A ruptura nas gôndolas dos supermercados brasileiros, que mede a falta de produtos disponíveis para venda, caiu para 11,9% em setembro, o menor índice desde abril. O resultado representa uma redução de 1,2 ponto percentual em relação a agosto e indica melhora no abastecimento de itens essenciais da cesta do consumidor, como arroz, feijão, café, azeite e ovos.

Os dados fazem parte do Índice de Ruptura da Neogrid, que monitora o desempenho do varejo alimentar no País. De acordo com a análise, a queda reflete um ajuste positivo nos estoques após meses de instabilidade.

“O índice reflete um ajuste positivo no abastecimento após meses de instabilidade, embora o cenário econômico ainda apresente pressão de custos e inflação, o que impacta preços e margens no varejo”, avalia Robson Munhoz, chief Relationship Strategist da Neogrid.

Entre as categorias monitoradas, todas apresentaram queda na ruptura em setembro, com destaque para:

  • Ovos: de 23,0% para 20,4% (−2,6 p.p.);
  • Feijão: de 8,4% para 6,4% (−2,0 p.p.);
  • Arroz: de 8,9% para 7,1% (−1,8 p.p.);
  • Café: de 9,6% para 7,9% (−1,7 p.p.);
  • Azeite: de 9,7% para 8,7% (−1,0 p.p.).

Troca por opção mais barata

Apesar da melhora na disponibilidade de produtos nos supermercados, os preços continuaram subindo. O arroz branco passou de R$ 5,37 para R$ 5,63; o azeite extravirgem subiu de R$ 90,60 para R$ 96,65; e o café em pó avançou de R$ 80,52 para R$ 85,92. A Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) projeta novos reajustes entre 10% e 15% a partir de outubro, pressionados pela valorização do grão na Bolsa de Nova York e por tarifas externas aplicadas aos exportadores brasileiros.

Munhoz destaca também que o consumidor tem o consumidor tem substituído produtos por opções mais baratas, decisão motivada principalmente pela necessidade de economizar, pela dificuldade em adquirir marcas preferidas e pela resistência em pagar valores acima do usual.

“Apesar da queda na ruptura e de uma leve recuperação nas vendas, com o orçamento das famílias mais apertado, temos observado consumidores buscando mais pontos de venda e substituindo marcas por produtos mais baratos que entregam o mesmo resultado.”

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/

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