Mediana do relatório Focus do Banco Central para o IPCA de 2025 se manteve estável em 5,50%, após cinco baixas seguidas
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 aumentou de 2,02% para 2,14%. Considerando apenas as 62 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana ficou em 2,17%.
Na ata da sua última reunião, de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que a taxa de juros “significativamente contracionista” tem contribuído para moderar o crescimento da atividade. Segundo o colegiado, a tendência é que esse processo ganhe força nos próximos trimestres. O Banco Central espera alta de 1,9% para o PIB em 2025. A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 se manteve em 1,70% pela quinta semana seguida. Considerando só as 61 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana ficou em 1,80%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0% pela oitava semana seguida. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,0%, pela 63ª semana seguida.
Dólar
A mediana para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu pela quarta semana seguida, de R$ 5,82 para R$ 5,80. Um mês antes, era de R$ 5,90. A estimativa intermediária para a moeda americana no fim de 2026 continuou em R$ 5,90. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,95.
A estimativa intermediária para o dólar ao final de 2027 permaneceu em R$ 5,80, após duas semanas de queda. Um mês antes, era de R$ 5,86. A projeção para o fim de 2028 foi de R$ 5,85 para R$ 5,82. Há um mês, era de R$ 5,85.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
Juros
A mediana para a Selic no fim de 2025 continuou em 14,75% pela terceira semana consecutiva. Os juros estão nesse nível desde 7 de maio, quando o Copom aumentou a taxa em 0,5 ponto porcentual.
Considerando somente as 78 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para o fim de 2025 também se manteve em 14,75%.
A mediana para a Selic no fim de 2026 também ficou estável em 12,50% nesta edição do Focus. Mas, considerando apenas as 78 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária subiu de 12,25% para 12,50%.
A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50%. Já a mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0%.
Inflação
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 se manteve estável em 5,50%, após cinco baixas seguidas. A variação está 1,0 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 100 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida também ficou em 5,50%.
A projeção para o IPCA de 2026 se estabilizou em 4,50%, colada ao teto da meta. Um mês antes, era de 4,51%. Considerando apenas as 99 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana ficou em 4,52%.
O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Copom de maio. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado.
Na última reunião, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% — o maior nível desde julho de 2006. Desde setembro, quando o ciclo de aperto teve início, os juros já subiram 4,25 pontos.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 14ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,80% para 3,81%. Um mês antes, era de 3,78%.
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