Matéria publicada hoje (27/05) no Valor Econômico, de autoria do jornalista João Saboia, analisa o perfil dos trabalhadores por conta própria (CP) no Brasil, que representam cerca de um quarto da população ocupada. A matéria destaca a diversidade desse grupo, composto por pessoas de diferentes níveis de escolaridade, rendimentos e setores econômicos.
Entre os principais pontos abordados na matéria estão o perfil socioeconômico. A maioria dos CP tem ensino médio completo (48%), 18% atingiram o nível superior. Estão presentes majoritariamente no comércio (19%), construção (14%), agricultura (13%) e indústria (8%).
No que se refere a rendimento, muitos CP ganham menos que um salário mínimo, embora profissionais qualificados também estejam presentes com rendimentos mais elevados. O número de CP aumenta em tempos de crise, como na pandemia de COVID-19, servindo como forma de sobrevivência para muitos desempregados.
A formalização via MEI (Microempreendedor Individual) tem crescido, com mais de 11,5 milhões de MEIs em atividade no país, mas poucos CP contratam ajudantes ou formalizam seus negócios. A maioria está em ocupações como vendedores, trabalhadores da construção civil, agricultura, serviços pessoais, entre outros. Cresce também a presença de profissionais de tecnologia e informação.
Segundo a matéria, há uma tendência de qualificação crescente entre os CPs, especialmente entre os mais jovens e escolarizados, mostrando uma mudança no perfil tradicional desse grupo.
O artigo conclui que, embora o trabalho por conta própria muitas vezes esteja ligado à informalidade e à vulnerabilidade, ele também reflete uma escolha estratégica de profissionais mais qualificados, adaptando-se às novas formas de inserção no mercado de trabalho.
https://valor.globo.com/opiniao/coluna/quem-sao-os-trabalhadores-por-conta-propria-no-brasil.ghtml
