Segundo estudo da WGSN, as decisões de consumo envolvem qualidade, confiança e tomada de decisões inteligentes como comprador
Mais confiantes financeiramente em 2026, os consumidores vão continuar atentos aos gastos e a escolha de onde gastar será seletiva. Segundo um estudo apresentado pela WGSN no Latam Retail Show sponsored by IBM, as decisões de consumo serão guiadas pelo valor, que vai além do preço. Ele envolve qualidade, confiança e a tomada de decisões inteligentes como comprador.
“Olhando para o próximo ano, o ponto principal que destaco é que os consumidores vão se sentir um pouco mais otimistas e talvez mais estáveis financeiramente. Isso vai além de preços baixos. As pessoas estão escolhendo em quais categorias gastar mais e em quais economizar. Ou seja, vão gastar em alguns aspectos e economizar em outros, mas também vão priorizar experiências e diversão”, diz Joe McDonnell, diretor de Marketing de Consumo da WGSN.
A equação de valor muda de acordo com o perfil do cliente, exigindo que as empresas entendam com precisão onde está a prioridade de cada público. O desafio para o varejo é acertar no básico e, ao mesmo tempo, se diferenciar ao oferecer propostas que unam conveniência, credibilidade e experiência.
“As marcas que quiserem se destacar precisarão garantir produtos de qualidade, práticas sustentáveis reais e cumprir suas promessas”, afirma.
McDonnell também destacou as transformações globais recentes que impactam os negócios, como a segunda presidência de Donald Trump, as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, o banimento do TikTok, o avanço acelerado da Inteligência Artificial, com o desenvolvimento de modelos chineses de baixo custo superando a OpenAI; e o crescimento de conteúdos criados por IA dominando os feeds das redes sociais.
O especialista apresentou algumas estratégias que podem guiar os varejistas a navegar nesse novo cenário e antecipar as demandas do consumidor:
- Prepare-se para o comércio fragmentado: a remodelação do comércio global e o aumento do número de consumidores que são impactados com as crises levarão os varejistas a adotar novos modelos de produção e a reduzir os atritos durante as experiências de compra.
- Aumente o capital cultural: momentos e eventos culturais serão propícios para investimentos, oferecendo aos varejistas uma oportunidade de capitalizar experiências que os incorporem ao zeitgeist.
- Estabeleça fluxos de receita além do varejo: diversifique seus negócios, criando novas fontes de receita ao abraçar o crescente setor de mídia varejista e, ao mesmo tempo, aproveitando seus pontos fortes por meio de serviços de marca branca.
- Apoie as compras sociais: torne mais fácil para os consumidores compartilharem a experiência de compra com outras pessoas e, ao mesmo tempo, impulsione a conversão por meio de uma grande quantidade de conteúdo digital criado para influenciar e inspirar confiança.
- Equilibre o paradoxo do consumidor: apoie os consumidores que desejam experiências contrastantes relacionadas à velocidade e aos níveis de interação social. Atenda à demanda por produtos de qualidade a preços acessíveis.
- Revitalize a descoberta casual: à medida que os consumidores se tornam insensíveis às recomendações virais, encontrar momentos genuínos na jornada de compras será fundamental para as marcas.
- Democratize a longevidade: forneça ferramentas e serviços que apoiem o bem-estar em todos os estágios da vida, já que cada vez mais pessoas querem não apenas viver mais tempo (‘lifespan’), mas também se sentir melhor por mais tempo (‘healthspan’).
- Incentive a positividade: apoie o progresso em direção às metas de sustentabilidade, incentivando os compradores a considerarem a própria saúde e o meio ambiente ao fazerem compras.