As perdas causadas por furtos voltaram a crescer no varejo brasileiro, atingindo especialmente farmácias, atacarejos e supermercados, segundo a 8ª Pesquisa Abrappe de Prevenção de Perdas no Varejo Brasileiro, realizada em parceria com a KPMG.
O levantamento revela que, embora a média geral de perdas no varejo tenha caído de 1,77% para 1,51% em 2024, elas representam cerca de R$ 36,5 bilhões. Além dos furtos, falhas logísticas e erros de planejamento estão entre as principais causas dessas perdas no varejo.
Três segmentos se destacam negativamente:
- O atacarejo, com a ampliação de serviços, registrou alta de 48,10% nas perdas totais e de 48,82% nos furtos.
- O setor farma, impulsionado por furtos de medicamentos de alto valor, como Ozempic e similares, apresentou aumento de 38,93% nas perdas totais e de 29,02% nos furtos.
- O setor supermercadista teve alta de 11,53% nas perdas totais, sendo os furtos os principais responsáveis, com 31,19%, principalmente devido a processos operacionais ineficientes.
“O varejo está em constante transformação e por isso, a área de prevenção de perdas tem ganhado cada vez mais espaço, de forma ampliada e transversal. A adoção de tecnologias, utilização mais frequente de ferramentas de Inteligência Artificial, o treinamento das equipes e o uso de estratégias inteligentes são decisivos para mitigar riscos e reduzir impactos financeiros”, destaca Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
O varejo alimentar, segmento que inclui hipermercados, supermercados, atacarejos, lojas de conveniência e de vizinhança, apresentou um salto no índice médio de perdas, passando de 1,91% para 2,39% no último ano, um crescimento de 25% no período.
Por outro lado, sete setores apresentaram queda no índice de perdas:
- Calçados, com redução de 23,63%
- Moda, com queda de 81,64%
- Perfumarias, com recuo de 56,65%
- Eletromóveis, com redução de 8,04%
- Materiais de construção, também com 8,04%
- Magazines nacionais e regionais tiveram quedas de 20% e 43,38%, respectivamente
Fonte: Mercado&Consumo