O futuro da economia brasileira depende, antes de tudo, de previsibilidade. Sem clareza nas regras, empresários adiam investimentos, empregos deixam de ser criados e a roda da economia gira mais devagar. Defendi, em entrevista a Paulo Pandjiarjian, para o Brazil Economy, que o setor de comércio e serviços precisa de: Estabilidade regulatória e fiscal: segurança jurídica e regras consistentes são fundamentais para que o comércio possa planejar expansão e modernização. A volatilidade, seja política ou econômica, trava decisões estratégicas e corrói a confiança. Reformas administrativas e tributárias: o atual modelo custa caro, gera insegurança e sobrecarrega empresas. Simplificar processos e reduzir burocracia não é apenas uma demanda empresarial, mas condição para que o País volte a crescer com competitividade. A reforma tributária foi um grande e importante passo nesse sentido, mas ainda há ajustes a serem feitos. Educação e qualificação: nenhuma política social é sustentável sem a geração de autonomia. Investir em capacitação amplia oportunidades de emprego, reduz a dependência de auxílios e fortalece a base produtiva do Brasil. Por isso, o Senac Brasil se mantém como um dos elementos fundamentais do Sistema Comércio, qualificando cerca de 5 milhões de brasileiros por ano em quase 2 mil municípios. O Brasil tem condições de crescer, mas precisa transformar consensos em execução consistente. O caminho passa por: Uma política fiscal crível, que reduza o prêmio de risco e abra espaço para juros menores. Investimentos em infraestrutura e capital humano. ✅ Um ambiente de negócios mais simples, que estimule inovação e atraia capital. Com confiança e regras claras, o comércio e os serviços podem ser o motor de uma economia mais dinâmica, competitiva e preparada para enfrentar incertezas internas e externas.
Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac